Um dos locais mais bonitos da capital, o Jardim Botânico do Rio, recebeu nesta quinta-feira, dia 12, a visita dos idosos do Abrigo Cristo Redentor. A ação faz parte do Projeto Cultura do Pertencimento e foi um convite do Museu Jardim Botânico, por meio da Equipe de Educação do Instituto de Desenvolvimento e Gestão do local.

O objetivo destas atividades é melhorar a autoestima e integrar os assistidos do Estado ao lazer e a cultura.  

A visita teve início numa sala climatizada para uma experiência de degustação de chás. Os idosos foram acompanhados por um guia que contou a história e a funcionalidade de cada chá. Ao final, puderam escolher um para levar de brinde. A senhora Leda Ferreira, de 71 anos, que está no abrigo há 1 ano, chegou séria e tímida. Assim que entrou no museu, seu semblante foi mudando, e ao final estava rindo e contando sobre o que mais gostou no passeio.

- Eu gostei de tudo, achei o museu espetacular. Já viajei fora do país e nunca vi um lugar assim. Estou levando dois chás comigo. Toda a receptividade da equipe, o contato com a história da nossa natureza, eu adorei. A acessibilidade aqui também é ótima, tudo bem cuidado e consegui me locomover de cadeira de rodas com facilidade – disse Leda Ferreira.

Idealizado em 2023, o Cultura do Pertencimento não se limita a garantir experiências culturais e de lazer. Vai além, trabalhando para que os idosos do Abrigo Cristo Redentor, e outros acolhidos pela Secretaria, se sintam não apenas acolhidos pelo nosso Estado, mas que percebam que os espaços turísticos e culturais do Rio também estão disponíveis para eles. Locais como o Parque Bondinho Pão de Açúcar, o Theatro Municipal e o Maracanã já fizeram parte do roteiro de passeios. Já foram mais de 26 atividades desde a sua criação. A assistente de Direção do abrigo, Cristiane Araújo, relata que o projeto tem melhorado o dia a dia dos abrigados.

- Temos que entender que nosso corpo sofre mudanças. Todos vamos envelhecer um dia. O que você gostaria que fizessem com você nessa idade? Nós no Governo do Estado estamos proporcionando experiências positivas em locais de pertencimento. Eles nunca vieram ao Museu do Jardim Botânico, chegaram tímidos e aos poucos foram se soltando. Percebi que durante o passeio alguns idosos que não se alimentam bem demonstraram estar com mais apetite, quem geralmente é mais sério estava com o sorriso largo e o humor deles melhorou muito. É uma experiência muito gratificante para nós – relatou a assistente Cristiane Araújo.

O senhor Gustavo Lobo, de 79 anos, abrigado há 4 anos, contou que só conhecia o Parque do Jardim Botânico, mas nunca havia visitado o museu. Agora já quer retornar.

- Não tem uma coisa que eu mais gostei porque eu gostei de tudo. Quando morava na Rua Maria Angélica, aqui perto, vinha muito ao Parque do Jardim Botânico. Foi aqui que vi pela primeira vez uma orquídea, minha flor predileta. Mas até então nunca tinha visitado o museu e conhecido a história mesmo das árvores do Rio. Sensacional, quero voltar mais vezes! – disse Gustavo Lobo.

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