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Petrópolis,13/06/2025

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Vídeo: Autoridades investigam despejo de produto químico nas águas do Rio Roncador, em Magé

Rio deságua na Baía de Guanabara e acende alerta. Prefeitura de Magé e Inea investigam o caso


Vídeo: Autoridades investigam despejo de produto químico nas águas do Rio Roncador, em Magé Foto: Reprodução
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Moradores do distrito de Santo Aleixo, em Magé, na Baixada Fluminense, se assustaram nesta quinta-feira (12) com o despejo de um produto químico supostamente danoso sobre o Rio Roncador. O rio que possui sua nascente no município, deságua na Baía de Guanabara e é responsável pelo fornecimento de água potável para vários mageenses. 

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra uma grande quantidade de espuma sendo formada em determinado trecho do rio, o que preocupou os populares. A prefeitura de Magé informou em nota que suspendeu a captação de água no local e recomendou a população para que não utilize as águas do Rio Roncador. Confira abaixo: 

“A Prefeitura de Magé, através Secretaria Municipal de Meio Ambiente, informa que foi constatada a presença de um produto ainda não identificado nas águas do Rio Roncador, na região de Santo Aleixo. Como medida preventiva, a captação de água no local foi imediatamente interrompida. Além disso, a água que chegou até o Centro de Magé, proveniente da mesma fonte, também está sendo descartada, até que seja possível confirmar a sua segurança para o consumo”, iniciou. 

“Reforçamos que a população não deve consumir a água do Rio Roncador ou utilizá-la para quaisquer fins, até que as análises e investigações sejam concluídas. A Secretaria de Meio Ambiente, em parceria com o Instituto Estadual do Ambiente (INEA), está realizando coletas e análises da água para identificar o produto encontrado, verificar o nível de possível contaminação e localizar os responsáveis pelo ocorrido”, reforçou a prefeitura.

“Contamos com a compreensão e colaboração de todos e reforçamos o compromisso da Prefeitura com a segurança e saúde da população mageense”, finalizou. 

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea), por meio de nota, alegou que em ação conjunta com a prefeitura de Magé, realiza uma vistoria no Rio Roncador para apurar a origem do produto e o responsável: “O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informa que, em parceria com a Prefeitura de Magé, realiza vistorias nesta quinta-feira (12) a fim de identificar a origem do produto químico encontrado no rio Roncador”, informou. 

Contexto histórico do Rio Roncador e preocupação com a Baía de Guanabara

O Rio Roncador é considerado um dos principais pontos turísticos da cidade de Magé, tendo a sua nascente descoberta no período dos escravos e burgueses e a altitude de sua nascente é de 120 metros. Apesar de ser responsável por levar água a diversos populares, não é de hoje que este rio histórico enfrenta problemas quanto a qualidade da água. 

Em novembro de 2019, o Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio), relatou que uma exploração irregular de areia pode ter derivado uma poluição de cor branca, que atingiu as águas do Rio Roncador naquele período, também deixando a população em alerta. Além disso, no ano de 2015, o rompimento de uma barragem de mineração na localidade de Jacundá, no dia 30 de julho, deixou as águas poluídas com rejeito de mineração de areia em cava aberta. Na ocasião, um inquérito na Polícia Civil foi instaurado e o Inea interditou a atividade. 

Poluição registrada no Rio Roncador em 2019. Foto: ICMBio

A situação registrada nesta quinta-feira (12) acende um alerta para um possível regresso nos avanços obtidos no processo de despoluição da Baía de Guanabara, pelo fato do Rio Roncador desaguar no local. Recentemente as praias de Botafogo, Flamengo e Glória registraram recorde histórico de balneabilidade, devido intervenções no sistema de esgotamento sanitário, redes pluviais e obras de infraestrutura conduzidas pelo Governo do Estado. 

Praia da Glória própria para banho. Foto: Oscar Valporto

Como estratégia de redução de resíduos na Baía de Guanabara, em 2023 o Inea instalou 17 ecobarreiras em rios e canais que deságuam na Baía. As ecobarreiras impedem, em média, que 1,2 tonelada de lixo chegue até o local. De acordo com dados oficiais divulgados pelo Governo do estado do Rio de Janeiro, mensalmente tem ocorrido a redução de ao menos 5 bilhões de litros de despejo de esgoto na Baía de Guanabara. 


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