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Com certeza você já se questionou em relação aos nomes de algumas regiões da cidade de Petrópolis. Como muitos já sabem, a Cidade Imperial possui referência direta à cultura alemã, tendo em vista que foi colonizada por colonos germânicos. Mas você sabe a origem de alguns dos nomes de bairros e vias do município? É o que vamos te contar nesta matéria!

O território da cidade localizada na Serra do Rio de Janeiro foi dividido em quarteirões pelo engenheiro Júlio Frederico Koeler – responsável pela arquitetura do município –, que os nomeou de acordo com a origem dos colonos e de personalidades que contribuíram de alguma forma para a criação da povoação.

Com base nisso, a planta foi dividida em duas vilas centrais próximas ao Palácio Imperial (Museu Imperial), e em 11 quarteirões, que posteriormente foram divididos em lotes que, na época, abrigaram colonos e suas famílias, com a intenção de que eles se sentissem em casa. 

Confira a divisão do território de Petrópolis, de acordo com a planta de Koeler em 1846:

• Vila Imperial
• Vila Tereza
• Bingen
• Castelânea (Kastellaun)
• Ingelheim
• Mosela (Mosel)
• Nassau
• Palatinato Superior (Pfalz)
• Palatinato Inferior
• Renânia Central
• Renânia Inferior
• Siméria (Simmern)
• Westfália

 Planta de Koeler, do ano de 1846 | Foto: Reprodução/A História de Petrópolis

Posteriormente, já em 1854, Otto Reymarus, arquiteto responsável pelo seguimento do planejamento da cidade depois da morte de Koeler, acrescentou mais 11 quarteirões à planta. Veja:

• Brasileiro
• Darmstadt
• Francês
• Inglês
• Mineiro
• Presidência
• Princesa Imperial
• Renânia Superior
• Suíço
• Woerstadt
• Worms

Com isso, a cidade ficou dividida em 22 quarteirões. Esta divisão segue até os dias atuais. 

Planta de Otto Reimarus, de 1854 | Foto: Reprodução/A História de Petrópolis

As nomenclaturas de origem brasileira dos bairros foram dadas de acordo com brasileiros influentes na formação da cidade de Petrópolis. Os outros nomes, como as vilas Imperial e Tereza, foram dados em homenagem a Família Imperial, assim como o Quarteirão Princesa Isabel. Outro fato relevante, é que o Quarteirão Mineiro foi uma lembrança ao caminho que passava pela região de Petrópolis rumo à Minas Gerais, estrada que deu início a povoação do “Sertão de Serra Acima”.

Confira como ficou a divisão dos quarteirões de acordo com a hidrografia local

1. Bacia do Palatinato | Dividida em três quarteirões: Palatinato Superior (abrange a região do Morin); Palatinato Inferior (ruas do Centro Histórico: Souza Franco, parte da Paulo Barbosa, Benjamin Constant) e Suíço (Caxambu, Floresta e parte da Provisória). 
2. Bacia do Piabanha | Oito quarteirões: Woerstadt (Duarte da Silveira e BR-040); Bingen (com início na Curva do Gióia e terminando no Bairro Castrioto, com parte do Bairro Manoel Torres); Darmstadt (meio do Bairro Manoel Torres, Rua Alice Hêrve, seguindo em direção à Capela); Ingelheim (Quarteirão Ingelheim, patê do Campo do Serrano, região do Hospital Santa Tereza, Rua Duque de Caxias, até o início da Vila Militar); Mosela (Bairro Mosela, Pedras Brancas, Moinho Preto e parte do Campo do Serrano); Nassau (Avenida Piabanha e Duchas); Westfália (Avenida Barão do Rio Branco até a sede do Corpo de Bombeiros, fazendo divisa do lado direito com a Estrada da Saudade); Brasileiro (Quarteirão Brasileiro, fazendo divisa com a Mosela, no Moinho Preto).
3. Bacia do Quitandinha | Oito quarteirões: Worms (Quitandinha e Parque São Vicente); Inglês (Alto Independência); Renânia Superior (Dr. Thouzet, Rua Lopes de Castro, Cremerie, Taquara); Renânia Central (Rua Saldanha Marinho, Duas Pontes, Coronel Veiga até a Ponte Fones) Renânia Inferior (Duas Pontes, seguindo pela Washington Luiz, subindo pelo Valparaíso, ruas Padre Moreira – Trono de Fátima -,  Rua Visconde de Itaboraí, Rua Rockfeller, Rua Monsenhor Bacelar, Rua Barão de Amazonas); Siméria (parte da Ponte Fones, Bairro Siméria, São Sebastião na divisa com o Sargento Boening); Castelânea (Bairro Castelânea, Rua Olavo Bilac, fazendo divisa com o Renânia Central, Sargento Boening até a Chácara Flora); Francês (Rua Ipiranga, fazendo divisa com a Estrada da Saudade).

E aí, leitor, qual seu lugar favorito da Cidade Imperial? Deixe aqui nos comentários! :)

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