Apenas 13% dos inquilinos nos Estados Unidos mantêm a esperança de um dia se tornarem proprietários de suas casas, marcando uma mínima histórica para esse indicador. Em contrapartida, uma esmagadora maioria de 74% dos locatários considera a compra de um imóvel como algo difícil e distante da realidade, evidenciando as dificuldades enfrentadas por muitos em alcançar o sonho da casa própria.

Essa realidade é profundamente influenciada pelas atuais altas taxas de juros nos Estados Unidos, atualmente oscilando entre 5,25% e 5,5%, o que representa o nível mais elevado em 23 anos. O aumento dos juros se traduz em um custo maior para empréstimos e financiamentos, tornando essas opções menos acessíveis para os americanos e afastando a possibilidade de adquirir uma propriedade.

Os números refletem essa tendência: em 2022, quando as taxas de juros começaram a subir significativamente em uma tentativa de controlar a inflação, o número de pedidos de empréstimos despencou em 44% na terra do Tio Sam.

No mercado imobiliário, o preço médio de uma casa atingiu um nível recorde em 2023, chegando quase a US$ 400 mil dólares no ano passado. Ao mesmo tempo, prevê-se que o custo do aluguel aumente quase 10% no próximo ano, mesmo com as perspectivas de que o Federal Reserve diminua as taxas de juros. A situação para quem busca moradia não está nada fácil.

Os jovens são os mais afetados por essa conjuntura, adiando cada vez mais a saída da casa dos pais. "Bem na minha vez de ser adulto...", lamenta-se muitos jovens diante dessas barreiras financeiras que dificultam a conquista da independência residencial.

Publicidade