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As plantações de laranjeiras do agronegócio brasileiro estão enfrentando sua pior colheita em 36 anos, com uma queda acentuada de 24% na produção em relação ao ano anterior.

Dois fatores principais contribuem para essa situação preocupante:

Mudanças climáticas: Pelo segundo ano consecutivo, as mudanças climáticas impactam negativamente a safra de laranjas, exacerbando os desafios enfrentados pelos produtores.

Greening: Uma doença que se espalha nos pomares, o greening, atingiu níveis alarmantes nesta safra, ampliando os problemas enfrentados pelos agricultores.

A relevância desse cenário é evidente quando se considera que o Brasil é responsável por 75% do comércio mundial de suco de laranja, consolidando sua posição como o maior exportador desse produto essencial. De fato, a cada 4 copos de suco de laranja consumidos globalmente, 3 são de origem brasileira.

Essa forte ligação com o mercado internacional não apenas destaca a importância econômica das plantações de laranjeiras, que historicamente contribuíram com R$ 2 bilhões ao PIB brasileiro apenas com exportações, mas também ressalta como os consumidores podem ser afetados diretamente por essa crise. Com uma safra menor, é esperado que o preço do produto aumente, seguindo a lógica básica da lei da oferta e demanda.

Atualmente, o preço da caixa de 40kg de laranjas já atingiu níveis significativos, chegando próximo a R$ 90, o valor mais alto em três décadas. Essa tendência de alta nos preços sugere impactos diretos para os consumidores, que podem enfrentar custos mais elevados ao adquirir produtos derivados da laranja, como sucos e frutas in natura.

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