Delegacias de Petrópolis participam de campanha para identificação de pessoas desaparecidas
O objetivo da campanha é implementar mais ferramentas para a investigação policial

As delegacias de Petrópolis, localizadas no Retiro e em Itaipava, vão participar de uma campanha de utilidade pública entre os dias 26 e 30 de agosto, que consiste na mobilização para identificar pessoas desaparecidas no município da Região Serrana do Rio de Janeiro.
O objetivo da campanha é implementar mais ferramentas para a investigação policial e assim, facilitar a resolução de casos. A ação consiste na coleta de material genético para mapeamento de DNA de familiares dos desaparecidos.
A Polícia Civil vai realizar a coleta do material genético no Posto Regional de Polícia Técnico-Científico de Petrópolis, localizado na Avenida Vigário Corrêa, 1345, em Correas, ao lado do Hospital Alcides Carneiro (HAC).
Quem pode participar?
A coleta de DNA pode ser feita por familiares de pessoas desaparecidas que não fizeram essa coleta em nenhum outro momento. Se você já doou seu material genético em algum ponto da perícia oficial, não é necessário comparecer ao local ao posto novamente.
A Polícia Civil ressaltar que é preferível a coleta seja de familiares de primeiro grau da pessoa desaparecida. Segundo a corporação, é recomendado que ao menos dois familiares façam a coleta. Confira a ordem de preferência:
- genitores da pessoa desaparecida (mãe e/ou pai biológicos);
- filhos(as) biológicos(as) da pessoa desaparecida e e o outro genitor desses filhos(as);
- irmãos biológicos da pessoa desaparecida (filhos do mesmo pai e da mesma mãe).
É importante destacar que o DNA coletado não poder utilizado para outra finalidade. Ele será usado exclusivamente para busca e identificação de pessoas desaparecidas. De acordo com a polícia, dependendo da disponibilidade de familiares da pessoa desaparecida e contexto do caso, poderão ser coletadas amostras a partir de uma composição possível das alternativas acima. Em caso de dúvidas, consulte o ponto de coleta mais próximo de você.
Outro fator relevante é que as crianças podem realizar a coleta de DNA, desde que estejam acompanhadas pelo responsável legal.
Além disso, mesmo não residindo na mesma cidade ou estado, os familiares que se enquadrarem nos vínculos de parentesco mencionados acima, podem realizar a coleta de DNA em pontos diferentes. Segundo a Polícia Civil é preciso informar esta situação no ponto de coleta para fins de registro, comunicação e orientações pertinentes. Ainda é ressaltado que é possível realizar a busca em bancos de DNA de outros países.
Como saber se houve identificação da pessoa desaparecida?
Caso seja identificado um vínculo genético e confirmada a identificação, os peritos vão fazer um laudo, notificar o Delegado de Polícia responsável pela investigação e a instituição que forneceu o material genético da pessoa desaparecida (hospital, abrigo, IML, etc.). A família será informada da identificação pelo órgão competente.
A polícia informa também que os perfis genéticos serão retirados do banco de dados após a identificação da pessoa desaparecida.
Quanto tempo depois do desaparecimento os familiares podem doar o DNA?
Não existe um tempo determinado. O importante é ter um Boletim de Ocorrência (BO) do desaparecimento. Caso não tenha, pode ir até a Delegacia mais próxima e registrar o fato. É importante lembrar que as pesquisas em bancos de perfis genéticos não excluem outras possibilidades de busca das pessoas desaparecidas.
Como funciona a busca de pessoas desaparecidas por meio do DNA?
Os bancos de DNA são administrados por peritos oficiais. Nos bancos são cadastrados continuamente materiais genéticos de pessoas de identidade desconhecida, vivas e mortas, e DNA de familiares de pessoas desaparecidas. Quando há coleta de amostras para exame de DNA dos familiares da pessoa desaparecida elas são processadas nos laboratórios de genética forense e os DNAs obtidos são então inseridos nos bancos locais e nacionais.
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