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Petrópolis,07/05/2025

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Há 107 anos, ocorria a 4ª aparição de Nossa Senhora em Fátima

Naquela tarde de 19 de agosto, a Virgem Maria apareceu e repetiu as mensagens anteriores, pedindo oração, especialmente do Rosário, e insistindo na importância da conversão e da penitência


Há 107 anos, ocorria a 4ª aparição de Nossa Senhora em Fátima Por Desconhecido - cny.comSecretariado Nacional da Pastoral da Cultura - "Francisco e Jacinta Marto, candeias que Deus acendeu"santiebeati.it, Domínio público, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=3552368
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No dia 19 de agosto de 1917, ocorreu a quarta aparição de Nossa Senhora em Fátima, um evento profundamente significativo tanto para a fé católica quanto para a história de Portugal. Este episódio foi parte das seis aparições marianas que três jovens pastores relataram ter testemunhado no local que viria a se tornar o famoso Santuário de Fátima. Embora a maioria das aparições tenha ocorrido no dia 13 de cada mês, a de agosto foi uma exceção, acontecendo em um contexto marcado por desafios e perseguições.

As aparições de Nossa Senhora em Fátima começaram em 13 de maio de 1917, quando três crianças — Lúcia dos Santos, de 10 anos, e seus primos Francisco Marto, de 9 anos, e Jacinta Marto, de 7 anos — relataram ter visto uma "Senhora mais brilhante que o Sol" na Cova da Iria, em Fátima. A Virgem Maria teria aparecido a eles e transmitido mensagens de paz, oração e penitência, alertando sobre futuros eventos mundiais e pedindo a consagração da Rússia ao seu Imaculado Coração.

As notícias das aparições rapidamente se espalharam, atraindo multidões de fiéis e também ceticismo e oposição das autoridades civis e religiosas. O contexto era de grande tensão, com Portugal vivendo um período de instabilidade política e forte anticlericalismo, especialmente após a implantação da Primeira República em 1910, que adotou uma postura laicista em relação à Igreja Católica.

Diferente das três primeiras aparições, que ocorreram no dia 13 dos meses de maio, junho e julho, a quarta aparição foi excepcionalmente marcada para o dia 19 de agosto de 1917. Isso ocorreu devido ao fato de que, no dia 13 de agosto, as três crianças foram impedidas de comparecer à Cova da Iria. Elas haviam sido detidas pelo administrador do concelho de Ourém, Artur de Oliveira Santos, um republicano anticlerical que as interrogou e tentou forçar uma retratação. As crianças, no entanto, mantiveram suas declarações sobre as aparições.

Após serem libertadas em 15 de agosto, Lúcia, Francisco e Jacinta foram novamente agraciados com a presença de Nossa Senhora, desta vez na localidade dos Valinhos, próxima a Fátima. Naquela tarde de 19 de agosto, a Virgem Maria apareceu e repetiu as mensagens anteriores, pedindo oração, especialmente do Rosário, e insistindo na importância da conversão e da penitência. Ela também anunciou que, em outubro, realizaria um milagre para que todos acreditassem.

A aparição de 19 de agosto é significativa por diversos motivos. Primeiro, ela reafirmou a determinação das crianças e a autenticidade de suas experiências, mesmo diante das perseguições e das pressões externas. A fé inabalável dos três pastores tornou-se um exemplo para milhões de católicos ao redor do mundo, inspirando devoção e reforçando a mensagem de Fátima.

Além disso, essa aparição serviu para preparar o terreno para o que viria a ser o "Milagre do Sol", o evento culminante das aparições, que ocorreria em 13 de outubro de 1917 e seria testemunhado por milhares de pessoas, incluindo céticos e não crentes. Este milagre, no qual o Sol teria "dançado" no céu, solidificou Fátima como um local sagrado e de peregrinação, com devotos vindos de todas as partes do mundo.

As aparições de Nossa Senhora em Fátima deixaram um legado duradouro na Igreja Católica e na espiritualidade mundial. O Santuário de Fátima, construído no local das aparições, tornou-se um dos mais importantes centros de peregrinação católica, recebendo milhões de visitantes anualmente. A mensagem de Fátima, centrada na oração, na conversão e na paz mundial, continua a ressoar profundamente, especialmente em tempos de crise e conflito.

A 4ª aparição, ocorrida em 19 de agosto de 1917, é um lembrete do poder da fé diante da adversidade e da importância de permanecer firme nas convicções espirituais, mesmo quando confrontado por desafios. Este evento, embora menos conhecido do que o Milagre do Sol, é um marco essencial na narrativa de Fátima, simbolizando a perseverança e a força espiritual dos três jovens pastores que mudaram a história da fé católica em Portugal e no mundo.

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