Queimadas deixam o solo mais frágil e propensos a deslizamentos, explica Defesa Civil
De acordo com o órgão, denunciar focos de incêndio é fundamental para a proteção de vidas e do meio-ambiente.

A Defesa Civil de Petrópolis publicou nesta segunda-feira (5), por meio das redes sociais, um informe sobre como as queimadas podem tornar o solo frágil e propenso a deslizamentos. De acordo com o órgão, denunciar focos de incêndio é fundamental para a proteção de vidas e do meio-ambiente.
Segundo a Defesa Civil, os incêndios florestais transformam os nutrientes da vegetação em gases e cinzas, que ao cair no solo podem causar prejuízos. Além disso, o calor reduz a porosidade do solo, o que dificulta a infiltração da água, conforme o órgão.
Na mesma publicação, foi informado também que a queima de vegetação expõe o solo e diminui a capacidade de retenção da umidade. A Defesa Civil explicou que as chamas destroem a matéria orgânica e a transforma em minerais, mudando a estrutura do solo. A mudança é grave, já que pode torná-lo mais fraco, menos fértil e com maior potencial de erosão.
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Deslizamentos
A cidade de Petrópolis possui uma enorme ferida relacionada a deslizamento de terra, em razão da tragédia de 2022, que afetou parte da população. Na ocasião, muitas vidas foram perdidas e muitos bairros foram atingidos pelas enchentes e deslizamentos causados pela chuva.
Segundo a Defesa Civil de Petrópolis, os incêndios em áreas de mata aumentam o risco de deslizamento de terra. As queimadas provocam a remoção da cobertura vegetal e da matéria orgânica do solo.
Foto: Divulgação / Governo do Estado do Rio de Janeiro
Estiagem influencia queimadas
É importante lembrar que nem todo incêndio em vegetação é criminoso. As chamas podem ser causadas pela seca que atinge determinada localidade.
De acordo com o Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro, a maioria das ocorrências relacionadas a fogo em vegetação ocorrem entre os meses de abril e outubro – período de estiagem no estado. Seca ou estiagem é um evento de escassez prolongada no abastecimento de água, seja atmosférica, águas superficiais ou subterrâneas.
Já próximo das festas juninas e julhinas, a soltura de balões passa a ser comum, mesmo sendo considerado crime. O ato pode ser extremamente prejudicial ao meio-ambiente.
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