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Petrópolis,12/07/2025

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Julho Amarelo: prevenção e diagnóstico das hepatites virais

Campanha reforça importância da testagem, da vacinação e dos cuidados diários para evitar a infecção e as complicações das hepatites A, B e C


Julho Amarelo: prevenção e diagnóstico das hepatites virais Foto: Reprodução

Hepatite A, B, C, D, E… São muitas as formas das hepatites virais, infecções silenciosas que afetam o fígado e, em muitos casos, só apresentam sintomas quando a doença já está em estágio avançado. Durante a campanha do Julho Amarelo, o Brasil intensifica ações de conscientização para chamar atenção para os riscos da doença, a importância da testagem e os recursos disponíveis para tratamento. Mas como acontece exatamente esse tipo de infecção?

“Hepatites virais são causadas por vírus que causam inflamação do fígado, que podem ser agudas ou crônicas. São 5 sorotipos: A, B, C, D e E. No Brasil são mais prevalentes os sorotipos A, B e C”, explica a infectologista do Hospital Santa Teresa, Dra. Betania Bernardo. Os tipos A e E estão relacionados a quadros agudos, sendo transmitidos principalmente por água e alimentos contaminados. Já os tipos B, C e D têm maior risco de se tornarem crônicos e são transmitidos por contato com sangue contaminado (seja por injeções, cortes na pele, de mãe para filho ou até mesmo sexualmente).

Um dos grandes desafios das hepatites virais é que elas podem se desenvolver de forma silenciosa. Por isso, a testagem regular, por meio do exame de sangue com teste sorológico, é essencial para prevenir as infecções. No SUS (Sistema Único de Saúde), inclusive, existe a opção de teste rápido e tratamento para as hepatites B e C nas unidades de saúde.

Apesar de apresentar sintomas mínimos nos casos crônicos, as hepatites virais têm sintomas claros nos casos agudos. “Essa inflamação no fígado pode causar sintomas como náuseas, vômitos, fraqueza e icterícia (amarelamento da pele e olhos). Nos casos crônicos, os primeiros sinais podem surgir somente em quadros avançados, quando se estabelece uma cirrose hepática ou câncer”, comenta a Dra. Betânia.

Logo, é fundamental se prevenir contra a hepatite, principalmente por meio da vacinação, uma das estratégias mais eficazes e disponível gratuitamente para toda a população. Atualmente, existem duas vacinas para hepatites: a vacina contra o tipo A deve ser administrada com duas doses, enquanto a vacina para o tipo B com três doses. Ambas devem ser tomadas ainda na primeira infância segundo o calendário vacinal infantil. Além disso, a prevenção também passa por cuidados simples do dia a dia, como não compartilhar perfurocortantes, utilizar preservativos, higienizar as mãos, utilizar água tratada e ter cuidados básicos de higiene. 

Apesar disso, os dados mais recentes mostram um cenário preocupante: “A cobertura vacinal, de acordo com dados do DataSUS, indica que em 2023 tivemos o menor índice vacinal. A vacina para hepatite B está disponível para toda a população há cerca de 25 anos. Muitos adultos e idosos não devem ter recebido as doses na infância e devem buscar se vacinar”, alerta a médica do Hospital Santa Teresa.

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