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Petrópolis,18/07/2025

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Entenda o fenômeno “El Niño” e seus impactos no Brasil e no mundo

Evento climático é um dos mais comentados atualmente.


Entenda o fenômeno “El Niño” e seus impactos no Brasil e no mundo Foto: Reprodução/MetSul

Muito se fala sobre o fenômeno “El Niño” e seus impactos climáticos principalmente no Brasil. O “evento climático” que ocorre uma vez a cada 5/7 anos, causa extremo calor e fortes chuvas principalmente em países tropicais. 

Basicamente, estes fenômenos são alterações significativas na distribuição da temperatura da superfície da água do Oceano Pacífico, com grandes alterações no clima. Estes eventos modificam um sistema de temperaturas do oceano Oscilação Sul e, por essa razão, são referidos muitas vezes como ENOS.

O Doutor em Ciências Ambientais Hélio Secco, explica um pouco mais sobre este fenômeno: “El Niño é um fenômeno periódico de aquecimento acima da média de certas regiões do oceano pacífico, o que afeta a dinâmica de temperatura, ventos e frentes frias em várias cidades sob influência direta ou indireta do oceano pacífico”, explicou o especialista. 

Foto: Reprodução/Toda Matéria

Para Hélio, a rotina das cidades pode ser impactada com a imprevisibilidade deste evento climático: “Historicamente o El Niño ocorre a cada 5-7 anos, mas recentemente passou a ter intervalos não padronizados entre os eventos e com intensidade maior, o que a ciência aponta como consequência da mudança do clima que tem se acentuado nas últimas décadas, e com isso interferido na dinâmica do oceano, correntes frias, direção de ventos e outros fatores determinantes para o El Niño. Essa alteração pode tornar o El Niño menos previsível, e consequentemente surpreender a rotina de cidades afetas por ele, não só por ondas de calor, mas também frentes frias, em níveis inéditos”, justificou. 

O especialista também alertou para a falta de co0nscientização por parte da população em relação às questões climáticas: “Os motivos para a ciência não ser levada a sério pela população são vários. Acredito que entre os maiores estão a falta de popularização do conhecimento científico para torná-lo mais atraente e acessível para o público geral, onde os próprios pesquisadores precisam reconhecer essa deficiência para se empenharem em dialogar e divulgar seus resultados e descobertas para fora do meio estritamente científico. Além disso, creio que a radicalização emotiva ao tratar do tema que alguns porta-vozes internacionais das mudanças climáticas apresentam, podem gerar uma percepção nas pessoas de certa falta de segurança e credibilidade, o que resulta em um afastamento ou alienação de muitas pessoas para um assunto que pode impactar a vida delas no futuro próximo”, declarou. 

“Seja pelo aquecimento ou por outros tipos de efeitos que as mudanças climáticas provocam, os trabalhos científicos já demonstram que regiões do mundo todo serão influenciadas, seja em maior ou menor grau por esses efeitos, o que quer dizer que pessoas terão suas moradias comprometidas (ex: habitações em áreas de risco seja por inundação ou deslizamento de terras), ofícios profissionais alterados (ex: mudança da qualidade do solo e do padrão meteorológico de uma região que não se presta mais a cultivar o que vinha cultivando nas últimas décadas), e problemas de saúde (ex: doenças sensíveis a pico de calor como por exemplo enfarto ou AVC), em função dos efeitos no clima sobre a vida em sociedade”, concluiu. 


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