Seja bem vindo
Petrópolis,27/04/2024

  • A +
  • A -
Publicidade

Industrialização do milho pode ampliar em até três vezes o valor agregado do grão

Organizada pela Unem e DATAGRO, primeira Conferência Internacional sobre Etanol de Milho, em Cuiabá, discute oportunidades para o mercado com a transição energética


Industrialização do milho pode ampliar em até três vezes o valor agregado do grão Foto: ANEK SANGKAMANEE / Shutterstock.com
Publicidade

Além de ganhos em sustentabilidade, a industrialização do milho para produção de etanol, por exemplo, pode triplicar o valor agregado do grão. A afirmação foi feita nesta quinta-feira (21) durante a primeira Conferência Internacional sobre Etanol de Milho, organizada pela União Nacional do Etanol de Milho e pela DATAGRO, em Cuiabá (MT).

“O uso deste milho para produção de combustível sustentável leva a uma valorização do grão, de duas a três vezes, quando industrializado, porque agrega valor ao dar origem a outros subprodutos. Isso estimula a produção de mais milho, e cria um círculo virtuoso, beneficiando a indústria, o comércio e com impacto positivo para o meio ambiente”, comenta Plinio Nastari, presidente da DATAGRO.

O evento discutiu oportunidades para o setor, com participação da agroindústria do etanol de milho, produtores de cereais e de políticos do Estado e do Congresso Nacional. Ao todo, a conferência reuniu mais de 500 convidados.

O deputado federal Arnaldo Jardim, relator do projeto Combustível do Futuro, aprovado na Câmara dos Deputados e que agora tramita no Senado, integrou um dos painéis. Também participaram outras autoridades, como Pedro Lupion, deputado federal e presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, e de representantes da Apex Brasil, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Embrapa, Ministério das Relações Exteriores, Agência Nacional do Petróleo (ANP), Unicamp, dentre outras.

O Brasil é hoje o segundo maior produtor de etanol de milho do mundo. Desde o início da operação da primeira indústria full deste biocombustível, em 2017, a produção passou de 500 mil litros para 6,27 bilhões de litros na safra 2023/2024, que se encerra este mês. Todo esse potencial vai ao encontro das novas demandas mundiais por combustíveis renováveis e menos poluentes.

De acordo com o presidente-executivo da Unem, Guilherme Nolasco, a cadeia do etanol de milho e cereais está inserida em um círculo virtuoso de investimentos que integra cadeias de grãos, pecuária, floresta e biocombustíveis.

“O Brasil tem hoje uma grande responsabilidade para fornecimento de alimentos e de biocombustíveis, produzidos de forma sustentável e complementar. A cadeia do etanol de milho é um exemplo deste potencial de integração de cadeia produtiva e que ainda tem enorme potencial de crescimento sobre os excedentes exportáveis. Por meio da industrialização do grão produzido em segunda safra, é possível dobrar a produção de etanol nos próximos dez anos e, ao mesmo tempo, contribuir para intensificação da pecuária e ampliação da oferta de alimentos”.

Mato Grosso, que sediou o evento, lidera a produção de etanol de milho entre os Estados brasileiros, com 11 plantas em funcionamento, sendo seis exclusivas de etanol de milho e cereais.

“São estes investimentos que vão alavancar a produção de matérias-primas sustentáveis para a produção de bioenergia, que inclui o biodiesel, o etanol, o biometano, e Mato Grosso é um exemplo nesta direção, com integração com soja, com milho de segunda safra, a conversão deste milho em etanol, DDG (grão de destilaria secos - do inglês Dried Distillers Grains), óleo de milho, a transformação da soja em farelo, que vira biodiesel”.


Publicidade



COMENTÁRIOS

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.