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Petrópolis,05/05/2024

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Lista da Bolsa Pódio inclui de forma inédita atletas surdos, guias e calheiros

Categoria mais alta do programa de suporte ao esporte olímpico e paralímpico do Governo Federal garante repasses mensais que variam de R$ 8 mil a R$ 15 mil por mês

Agência Gov | via MEsp
Lista da Bolsa Pódio inclui de forma inédita atletas surdos, guias e calheiros Foto: Ministério do Esporte
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As palavras de Guilherme Maia Kabbach dão a exata noção do caráter histórico que a lista dos 312 contemplados com a Bolsa Pódio trouxe para o esporte brasileiro por meio da Portaria Portaria Nº 47 , publicada nesta terça-feira (23), no Diário Oficial da União: “Minha carreira inteira venho sinalizando a luta pelo reconhecimento e valorização da cultura surda e pelo direito de partilhar espaços de convívio. Esse feito reforça que o esporte é para todos e aproxima mundos, pois a igualdade é uma questão fundamental na construção de uma sociedade diversa. Exceto por não ouvir, o surdo pode fazer absolutamente tudo”.

Estou extremamente feliz, pois ser atleta de alto rendimento exige muito financeiramente e esse auxílio é de suma importância para despesas, como alimentação adequada, suplementação, material esportivo, médico. Minha maior emoção é por ser o primeiro atleta surdo a ser honrado com o Bolsa Pódio”

Guilherme Maia, maior atleta da historia da natação brasileira para surdos

Maior destaque da natação no programa esportivo surdolímpico do país, Guilherme integra a lista de modalidades contempladas pela primeira vez, já que o Edital nº 2 , de 28 de dezembro de 2023, assegurou que passaram a ter direito ao Bolsa Atleta esportistas gestantes e puérperas, atletas surdos e guias, calheiros, pilotos e auxiliares do esporte paralímpico, que até então não tinham direito às bolsas. A Bolsa Pódio é a categoria mais alta do Bolsa Atleta.

“Estou extremamente feliz, pois ser atleta de alto rendimento exige financeiramente e esse auxílio é de suma importância para despesas, como alimentação adequada, suplementação, material esportivo, médico. Minha maior emoção nesse momento é por eu ser o primeiro atleta surdo a ser honrado com o Bolsa Pódio”, ressalta o nadador, que já conquistou cinco medalhas na Deaflympics, a Surdolimpíada Mundial: uma de ouro, uma de prata e três de bronze. O ouro veio com recorde mundial nos 200m livre em 2017, na Turquia.

Além dele, Renata Faustino da Silva, do badminton surdolímpico, também foi contemplada com a Bolsa Pódio. A lista traz ainda quatro atletas-guia e assistentes do esporte paralímpico que terão direito ao benefício pela primeira vez: Nicolle Borges, do paraciclismo estrada; e Oscar Carvalho, Renata Santos e Roberto Ferreira, todos da bocha paralímpica.

Direito

Bronze nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015, o manauara Guilherme Costa acordou feliz ao saber que seu nome integra, mais uma vez, a lista de contemplados com a Bolsa Pódio no tênis de mesa. “Ao mesmo tempo que é um valor alto para a realidade brasileira, e sei disso, é condizente com o nível dos atletas que estão pleiteando, porque é um direito. Não é doação, não é caridade. Temos um gasto alto, um custo alto. Então, faz todo o sentido que os atletas da elite consigam se manter com esse apoio. E isso não impede, o que é uma coisa fantástica, de buscar outros patrocínios e até ter outras bolsas, estaduais ou distritais”, pontua Guilherme, que treina para garantir a vaga em Paris.

Passo a passo

Quarto lugar na marcha atlética nos Jogos Rio 2016 e bronze nos 20km no Mundial de Londres 2017, o  brasiliense Caio Bonfim conta que é impossível desassociar o Bolsa Atleta e a Bolsa Pódio de sua estrada como esportista. “Falar da Bolsa Atleta é falar da minha carreira. Eu iniciei no ano de 2007 e já nesse ano consegui ser contemplado pela Bolsa Atleta. Desde então, tenho sido beneficiário. Sempre digo que projeto bom, país bom, é aquele que dá oportunidade”, ressalta Caio. “A Bolsa Atleta dá oportunidade de você melhorar sua estrutura, de você melhorar como atleta. É um programa que torço a favor sempre e defendo, porque não ajudou só a minha carreira, mas muitas outras carreiras de outros atletas”, conclui o corredor.

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