Albert Sabin: o legado do cientista que mudou o combate à poliomielite
Há 118 anos ele é lembrado como um dos maiores nomes da medicina

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Albert Bruce Sabin, nascido em 26 de agosto de 1906, há 118 anos, é lembrado até hoje como um dos maiores nomes da medicina. Sua contribuição para a ciência e a saúde global foi imensurável, especialmente por seu trabalho no desenvolvimento da vacina oral contra a poliomielite, conhecida no Brasil como "gotinha".
Sabin nasceu em Białystok, na época parte do Império Russo e atualmente localizada na Polônia. Em 1921, sua família emigrou para os Estados Unidos, buscando melhores condições de vida e oportunidades. Ele se formou em medicina na Universidade de Nova York em 1931 e, desde o início de sua carreira, mostrou grande interesse pelas doenças infecciosas. Durante as primeiras décadas do século 20, a poliomielite era uma das doenças mais temidas, causando paralisia e até morte em muitos casos, especialmente entre crianças. A doença, causada por um vírus que ataca o sistema nervoso, gerava pânico em populações de todo o mundo. Em meados dos anos 50, Jonas Salk desenvolveu a primeira vacina contra a poliomielite, que era administrada por injeção. Essa vacina foi um avanço significativo, reduzindo drasticamente o número de casos da doença. No entanto, foi Albert Sabin quem, alguns anos depois, revolucionou o combate à poliomielite com a criação da vacina oral, que se mostrou ainda mais eficaz e fácil de administrar.
Sabin dedicou anos de sua vida ao estudo do vírus da poliomielite, trabalhando incansavelmente para desenvolver uma vacina que não apenas prevenisse a infecção, mas que também fosse fácil de ser aplicada em larga escala. Sua vacina, desenvolvida a partir de uma cepa atenuada do vírus, podia ser administrada por via oral, o que facilitava enormemente as campanhas de vacinação, especialmente em países em desenvolvimento. Lançada em 1961, a vacina oral de Sabin rapidamente se tornou a principal ferramenta na luta global contra a poliomielite. A "gotinha", como é carinhosamente chamada no Brasil, foi fundamental para erradicar a doença em muitas partes do mundo. Graças à ampla aceitação e facilidade de administração, milhões de crianças foram imunizadas, salvando inúmeras vidas e prevenindo casos de paralisia.
Albert Sabin não buscava reconhecimento pessoal ou ganho financeiro com seu trabalho. Ele recusou patentes para sua vacina, acreditando que seu desenvolvimento deveria beneficiar toda a humanidade. Sabin faleceu em 1993, mas seu legado perdura. O impacto de sua vacina é incalculável, e sua dedicação à ciência e à saúde pública continua a inspirar pesquisadores e profissionais de saúde ao redor do mundo. Hoje, 118 anos após seu nascimento, o nome de Albert Sabin é sinônimo de progresso na medicina e na luta contra doenças infecciosas. Seu trabalho não apenas mudou o curso da história da poliomielite, mas também serviu como um exemplo de como a ciência e a compaixão podem caminhar lado a lado na busca por um mundo melhor e mais saudável.
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