Espanha revela nova descoberta sobre causas de apagão que atingiu países europeus
Trata-se da primeira vez que uma autoridade de um dos dois países dá atualizações sobre o caso

O apagão que atingiu Portugal e Espanha no final de abril foi causado perda de geração de energia em uma subestação em Granada, seguida segundos mais tarde por falhas em Badajoz e Sevilha, informou a ministra da Energia espanhola, Sara Aagesen, nesta quarta-feira, 14. A pane nas três cidades levou à falta de 2,2 gigawatts de eletricidade, o que desencadeou desconexões em série da rede de elétrica.
Trata-se da primeira vez que uma autoridade de um dos dois países dá atualizações sobre o caso. Ainda não se sabe, contudo, o que provocou o blecaute na subestação em Granada. Aagensen adiantou que o processo de investigação é complicado e que, portanto, não pode ser solucionada com respostas simples.
Ela informou que o país está “analisando milhões de dados” e “continua a progredir na identificação de onde ocorreram essas perdas de geração e já sabemos que elas começaram em Granada, Badajoz e Sevilha”. Autoridades também analisam relatos de operadoras sobre volatilidade nos dias anteriores ao caos elétrico. Os investigadores, segundo Aagesen, descartaram a possibilidade ataque cibernético à operadora de rede espanhola REE, mas avaliam o excesso de voltagem como uma possível causa para o problema.
Em meio às críticas da oposição sobre inércia, ela disse que o governo não recebeu “nenhum alerta, nenhum aviso” antes do apagão. Ela também defendeu a política energética do governo, dizendo que as energias renováveis reduziram as contas de energia para residências e empresas e permitirão que a Espanha atraia mais investimentos. A iniciativa, além disso, permite uma maior autonomia energética em meio à instabilidade geopolítica, acrescentou.
“Uma mistura com mais energias renováveis reduz os riscos externos. Ela nos permite antecipar, adaptar e responder rapidamente a qualquer eventualidade”, afirmou ela.
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