A Polícia Civil de Bananal, no interior de São Paulo, concluiu que o cavalo encontrado morto e com as quatro patas decepadas na última semana sofreu as agressões enquanto ainda estava vivo. A informação foi confirmada em laudo pericial divulgado nesta quarta-feira (27).

O resultado foi detalhado em um vídeo publicado pelo delegado responsável pela investigação, Rubens Luiz Fonseca Melo, ao lado da médica veterinária voluntária do caso, Luana Gesualdi. Segundo a profissional, os ferimentos apresentaram características típicas de lesões infligidas em animais ainda com sinais vitais.

“Os hematomas identificados no corpo são compatíveis com agressões em vida. Em cadáveres, esse tipo de lesão não ocorre”, esclareceu a veterinária.

O tutor do animal, Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, já havia admitido ter utilizado um facão para mutilar o cavalo. Contudo, em sua versão, afirmou que o animal estaria morto no momento em que realizou os golpes. Ele declarou, ainda, que estava alcoolizado e em estado de descontrole quando cometeu a violência.

Apesar da confissão, o laudo pericial reforça a tese de que a crueldade ocorreu de forma consciente contra um animal ainda vivo. O documento já foi encaminhado ao Ministério Público de São Paulo, que deverá avaliar os próximos passos do processo.

O delegado Rubens Luiz Fonseca Melo não confirmou se o tutor foi formalmente indiciado. Até o momento, Andrey segue em liberdade.

Publicidade