Jovens estão distante da política no Brasil
Em 2014, durante a disputa entre Dilma e Aécio, havia mais de 415 mil filiados entre 16 e 24 anos. Atualmente, esse número é inferior a 180 mil.
A filiação de jovens brasileiros a partidos políticos caiu para o menor nível em dez anos.
Em 2014, durante a disputa entre Dilma e Aécio, havia mais de 415 mil filiados entre 16 e 24 anos. Atualmente, esse número é inferior a 180 mil.
Filiar-se a um partido difere de torcer por um time de futebol. A filiação envolve burocracia, e o membro deve participar das atividades políticas e votações internas do partido.
O desinteresse das novas gerações pode ser atribuído ao desgaste político desde 2014.
Por exemplo, a Operação Lava Jato expôs uma vasta rede de corrupção que inclui políticos, empresas e entidades governamentais.
Ademais, o Brasil está mais polarizado politicamente. Segundo 83% dos brasileiros, o país nunca esteve tão dividido, enquanto apenas 14% sentem que há mais união.
Com a formação de dois polos opostos, aumenta o número de pessoas que não se identificam com nenhum dos lados, nem com um partido específico.
Os partidos dos dois políticos mais conhecidos do país, Lula e Bolsonaro, fogem à regra e tiveram um crescimento na filiação de jovens desde as últimas eleições. Curioso, né?
O PL, desde que Bolsonaro se filiou à sigla em 2021, viu o número de associados jovens quase dobrar, passando dos 5.800 para 10.700.
Depois de uma queda de quase 10 mil filiados de 16 a 24 anos na sequência do impeachment de Dilma e da prisão de Lula, o PT teve um aumento de 9 mil para 17 mil após a soltura do atual presidente.
Mais à esquerda ainda, o PSOL lidera pela primeira vez o número de jovens filiados entre todos os partidos, com 19 mil jovens.
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