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Petrópolis,25/07/2025

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Cerca de 2/3 dos brasileiros com mais de 40 anos não realizam o toque retal

Urologista de Santos ajuda a desmistificar o exame


Cerca de 2/3 dos brasileiros com mais de 40 anos não realizam o toque retal Foto: Reprodução

O mês de novembro é marcado pela campanha Novembro Azul, uma
iniciativa que visa conscientizar os homens sobre a importância do diagnóstico
precoce do câncer da próstata.

Dados alarmantes revelam que os homens vivem, em média, sete
anos a menos que as mulheres. O Novembro Azul alerta adicionalmente sobre as
principais ameaças à saúde masculina, que vão além do câncer da próstata.

Doenças cardiovasculares, incluindo AVC (Acidente Vascular
Cerebral) e Infarto Agudo do Miocárdio, são as principais causas de morte entre
homens. Medidas preventivas como alimentação saudável e exercícios podem
reduzir os riscos. Câncer, como o de pulmão, da próstata e do intestino, também
representa uma ameaça à saúde masculina e a sua prevenção é essencial na
redução da mortalidade.

No Brasil, cerca de 2/3 dos homens com mais de 40 anos não
realizam o toque retal, um exame fundamental para a detecção precoce de doenças
na próstata. Aproximadamente metade dos homens nunca realizou o PSA, o exame de
sangue que mudou a história natural do câncer da próstata.

Mas por que os homens evitam o exame de próstata? Os
principais motivos são o desleixo nos cuidados com a saúde, preconceito pela
via de acesso do exame, receio de sentir dor ou desconforto e falta de acesso
ao especialista.

O médico urologista Heleno Diegues Paes ajuda a
desmistificar o toque retal, indicando que é um exame simples, rápido e
indolor, que pode salvar vidas ao identificar precocemente problemas na
próstata. “Por isso a importância do exame de rastreamento do câncer de
próstata, que consiste na dosagem do PSA no sangue e no exame físico da
próstata (palpação) por um profissional experiente (urologista)”.

médico urologista Heleno Diegues Paes

O câncer de próstata é a forma mais comum de câncer
não-cutâneo em homens e a segunda principal causa de morte por câncer. A cada 8
minutos, um novo caso é diagnosticado no Brasil, e a cada 40 minutos, um homem
morre devido a essa doença.

As principais causas são o envelhecimento, fatores
hereditários, etnia, fatores hormonais, infecções, dieta, obesidade e exposição
inadequada ao sol, que também pode aumentar o risco.

Na fase inicial, a doença geralmente não apresenta sintomas.
Quando ocorrem, os sintomas mais comuns incluem dificuldade e necessidade
frequente de urinar, especialmente à noite. “Outros sintomas que podemos citar
são dores ósseas, emagrecimento, diminuição do jato urinário, sangramento no
esperma”, diz Heleno.

Embora a prevenção primária, ou seja, vacinas ou remédios
para evitar a doença, não seja possível, adotar um estilo de vida saudável,
incluindo alimentação equilibrada e atividade física, pode reduzir o risco. A
prevenção secundária, que é a detecção precoce, envolve avaliações regulares
com um urologista, incluindo os exames de toque retal e PSA.

Se os resultados do toque retal ou do PSA estiverem
alterados, o urologista pode solicitar exames adicionais, como PSA
confirmatório, ressonância magnética e biópsia de próstata.

Em relação ao tratamento, o Dr. Heleno explica que, nos
estágios iniciais, a doença pode ser tratada com a cirurgia (prostatectomia
radical), com radioterapia/braquiterapia e com a vigilância ativa. Nos estágios
mais avançados, são usadas a terapia de deprivação androgênica e a
quimioterapia. “E como inovações temos a cirurgia assistida por robô, as
técnicas de ablação por Hi-FU ou crioablação, os aparelhos de radioterapia
tridimensional, além do surgimento de novos remédios”, diz o urologista.

Como é uma preocupação de muitos homens, o médico destaca
que todos os tratamentos afetam a sexualidade de alguma forma, a exceção da
vigilância ativa.

 

Sobre Heleno Paes

Santista de nascimento e criação, começou a se interessar
pela medicina no final do ensino médio, quando precisou socorrer um amigo com
cólica renal. Posteriormente esteve em uma excursão promovida pela escola para
ajudar os estudantes a escolher a profissão, e conheceu a faculdade de medicina
da USP. Ficou maravilhado com o estudo do corpo humano, com as peças do
laboratório de patologia, e decidiu que era isso que queria fazer. Assim,
ingressou na Faculdade de Medicina do Centro Universitário Lusíada, em Santos,
em 1997.

Após seis anos, concluiu a graduação e se alistou no
Exército. Foi para a Amazônia à serviço do Exército e realizou diversos
trabalhos junto à população carente local. Após um ano, regressou e foi morar
em São Paulo, onde se especializou em cirurgia geral no Hospital Municipal do
Tatuapé, depois em Urologia no Hospital Santa Marcelina e, por fim, em
Transplante Renal na mesma instituição.











































Nesse período, fez cursos em microcirurgia,
videolaparoscopia e outros relevantes para sua formação. Atualmente, atua como
médico assistente das subespecialidades Uro-oncologia e Transplante Renal do
Hospital Santa Marcelina, o maior hospital da Zona Leste de São Paulo. É também
preceptor do internato médico e da residência médica e dá aulas na Faculdade de
Medicina Santa Marcelina. Em Santos, pratica a medicina em seu consultório,
onde dedica todos os esforços e conhecimento para cuidar de seus pacientes.

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