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Petrópolis,23/08/2025

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Adultização no trânsito: quando a pressa em crescer se transforma em risco

A pressão para dirigir cedo e assumir responsabilidades adultas impacta a segurança e pode ter consequências graves


Adultização no trânsito: quando a pressa em crescer se transforma em risco Fotos: Reprodução

Nos últimos dias, o termo “adultização” ganhou grande repercussão nas redes sociais, após denúncias feitas pelo influenciador Felca sobre vídeos em que crianças eram expostas a comportamentos e ambientes tipicamente adultos, muitas vezes incentivadas por familiares ou influenciadores mal-intencionados. Embora a discussão tenha surgido no universo digital, ela também se conecta de forma preocupante ao trânsito, onde a adultização se manifesta em diversas situações.

Muitos adolescentes, ainda sem a maturidade exigida pela lei, são pressionados ou incentivados a assumir responsabilidades de adultos ao volante. É comum ouvir relatos de jovens que “aprendem a dirigir” ainda na adolescência, muito antes da idade legal, seja em estradas rurais, estacionamentos ou vias urbanas. Esse comportamento, muitas vezes visto como natural ou como um rito de passagem, é, na realidade, um claro exemplo de adultização no trânsito.

Em cidades do interior e áreas mais remotas, observa-se um número ainda maior de menores circulando em motocicletas. Frequentemente, esses veículos são presenteados pelos próprios pais ou responsáveis, que os veem como solução prática para deslocamentos entre casa, escola e compromissos do dia a dia. Embora compreensível diante da escassez de transporte público, essa prática expõe os adolescentes a responsabilidades e riscos para os quais ainda não estão preparados.

Ao conduzir uma moto sem idade legal, o jovem enfrenta situações complexas, como tráfego intenso, necessidade de respeitar regras de trânsito, manutenção do veículo e tomadas de decisão rápidas em situações de perigo. Essa antecipação de papéis adultos, comum em comunidades isoladas, resulta não apenas da necessidade prática, mas também da percepção equivocada de que o adolescente já está apto a “cuidar de si mesmo” no trânsito.


Foto: Freepik

A legislação brasileira determina que apenas maiores de 18 anos podem obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e conduzir veículos legalmente. Ainda assim, a cultura local e a falta de alternativas de transporte levam muitos pais a permitir que filhos dirijam antes da hora, aumentando o risco de acidentes graves. Jovens motoristas sem preparo não desenvolvem plenamente habilidades técnicas e comportamentais essenciais à segurança.

Especialistas alertam que a adultização precoce no volante não se trata apenas de uma infração legal, mas de uma prática que coloca o adolescente em risco físico, emocional e social. Acidentes envolvendo menores podem ter consequências devastadoras para famílias e comunidades, reforçando a necessidade de políticas públicas, fiscalização e conscientização de pais e responsáveis.

Além da condução precoce, a adultização se manifesta quando adolescentes assumem funções que deveriam ser dos pais, como levar irmãos à escola ou familiares a compromissos, transformando veículos em extensões de sua rotina. Essa antecipação de responsabilidades aumenta os riscos não apenas para o próprio jovem, mas para terceiros.

Por isso, é fundamental que famílias compreendam que permitir que menores conduzam não é apenas uma infração de trânsito, mas um ato de irresponsabilidade. O caminho correto é estimular o aprendizado e a responsabilidade no momento adequado, por meio de uma formação profissional, que só pode ser realizada em uma autoescola autorizada.

Em Petrópolis, a Autoescola Petrópolis (@autoescola_petropolis) oferece formação de motoristas e motociclistas em todas as categorias – A, B, C, D e E. Localizada na Rua Dr. Porciúncula, 24, no Centro, Petrópolis, RJ, a instituição é referência em preparar condutores de forma responsável, promovendo segurança e maturidade para enfrentar os desafios do trânsito. Informações sobre cursos e matrículas podem ser obtidas pelo WhatsApp clicando aqui ou pelo telefone (24) 2243-7720.

A adultização no trânsito não deve ser considerada algo comum ou inevitável. Cada etapa da vida tem seu tempo, e antecipá-la pode custar vidas. Ensinar responsabilidade, esperar o momento certo e valorizar a formação adequada é essencial para que a pressa em crescer não se transforme em tragédia no volante.


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