Saiba como a alimentação e o equilíbrio hormonal ajudam na menopausa
Médica explica como os sintomas podem ser reduzidos neste período

Calor em excesso, mudanças de humor de forma repentina e noites mal dormidas, são alguns dos sintomas que marcam a chegada da menopausa, na vida da mulher. Embora inevitável, este período, que ocorre, normalmente, entre os 45 e 55 anos, pode ser enfrentado com mais qualidade de vida e equilíbrio. Para isso, médica explica como a alimentação saudável e o cuidado com os hormônios podem diminuir o sofrimento.
Segundo a Dra. Nathália Ventura, médica especializada em endocrinologia, nutrologia e metabologia, a menopausa resulta, consequentemente, na queda de estrogênio e progesterona, provocando também alterações em hormônios, como testosterona, tireoidianos e cortisol.
“A menopausa marca o fim da função ovariana. Ela pode ser confirmada após 12 meses consecutivos sem ciclos menstruais, acompanhada de mudanças no corpo, que não atuam somente em questões de fertilidade, mas também sobre o metabolismo, saúde dos ossos, sistema cardiovascular da paciente, pele, sono e o bem-estar emocional”, destacou a médica.
Ainda de acordo com a especialista, as necessidades de tratamento devem ser estratégicas e adequadas, sem confundir o período do climatério com o da menopausa. Na pré-menopausa, por exemplo, o foco do cuidado pode estar na regulação do ciclo, enquanto na pós-menopausa, seja necessária a proteção óssea, cardiovascular, além da composição corporal.
“Na menopausa, a alimentação precisa ser bem acompanhada. Nutrientes, como os fitoestrogênios, auxiliam na redução das ondas de calor. Eles estão presentes na soja, linhaça e grão-de-bico. As proteínas magras atuam na preservação da massa muscular, enquanto o cálcio e a vitamina D reforçam a saúde óssea. Magnésio e vitamina B6 contribuem para o sono e o humor, e os ácidos graxos ômega-3 reduzem inflamações”, pontuou.
Em contrapartida, a médica aponta alimentos que podem agravar os sintomas comuns da menopausa. Entre eles, a cafeína e as bebidas alcoólicas, que podem interferir e até ampliar as dificuldades para dormir, além de intensificar os fogachos. Já os açúcares simples e ultraprocessados atuam no ganho de peso, aumentando a inflamação do corpo, enquanto as comidas apimentadas podem ampliar as ondas de calor.
“Pequenos ajustes no estilo de vida e na alimentação auxiliam essa fase, como a inserção de proteínas em todas as refeições, fracionamento de carboidratos ao longo do dia e hidratação adequada. Outra opção é a terapia de reposição hormonal, que pode reduzir os sintomas, oferecendo proteção óssea e cardiovascular, quando iniciada cedo. Essa decisão precisa ser tomada de forma individual e feita junto a um médico”, concluiu a Dra. Nathália Ventura.
Para dicas sobre o assunto, a médica elaborou gratuitamente uma série de vídeos, com informações que priorizam a saúde, através do Instagram @dranathaliaventura. Diariamente, perguntas são respondidas e instruções fornecidas às pessoas que buscam por tratamento. Atendimentos clínicos também são realizados, nas clínicas localizadas em Duque de Caxias e Petrópolis.
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