Moradores de Maceió precisam deixar suas casas por risco de colapso das minas da Braskem
Especialistas alertam para a possibilidade da formação de uma cratera do tamanho do Maracanã, formando um lago de até 10m de profundidade

Moradores da cidade de Maceió, capital de Alagoas, precisaram deixar suas casas nesta sexta-feira (1º), após a Defesa Civil do município decretar 'risco iminente de colapso' na mina 18 da Braskem, no Mutange. De acordo com especialistas, existe a possibilidade da formação de uma cratera do tamanho do estádio do Maracanã no local. Além disso, ela provavelmente seria inundada, formando um lago com a profundidade de até 10 metros.
Os residentes da localidade do Bom Parto, na capital alagoana, foram obrigados a deixar suas residências às pressas em decorrência do risco. Uma decisão da Justiça Federal autorizou que o Estado use a força policial caso as pessoas resistam a deixar o local.
Em sua decisão, a Justiça Federal determinou a desocupação de 23 residências nas áreas mais próximas do Mutange, como Bom Parto e Bebedouro. A medida atende um pedido do Ministério Público Federal (MPF).
Desde que o problema começou, em 2018, mais de 14 mil imóveis já foram evacuados. Cinco bairros da capital, além do Mutange, Bom Parto, Bebedouro, Pinheiro e Farol, ainda são afetados pelo risco de afundamento pela extração de sal-gema pela Braskem.
O Governo Federal reconheceu o estado de emergência decretado por Maceió. O documento já foi encaminhado para a publicação em uma edição extra do Diário Oficial da União.
COMENTÁRIOS