Amor entre gerações - Foto: Acervo pessoal / em memória mãe da colunista

No último final de semana me deparei com uma preciosidade escondida na Netflix, que recomendo e já sugiro que prepare os lenços. Me refiro ao documentário: “OS 100 DIAS COM TATÁ”, produzido por Miguel Àngel Muñoz, que muito nos faz refletir sobre o quanto as relações pautadas no amor, afetam a qualidade de vida de uma pessoa idosa e impactam àqueles que se propõe generosamente amar incondicionalmente.

Sei que não estou aqui para sugerir filmes, mas esta é uma oportunidade para que possamos entender que as relações intergeracionais, variam em níveis de solidariedade afetiva, ou seja, em uma cadeia de sentimentos positivos entre pais, filhos e entre outros. O conceito de intergeracionalidade emergiu da solidariedade, sugerindo que pais investem mais emocionalmente em suas relações do que os seus filhos (Bengtson & Kuypers, 1971).

A relação entre distintas gerações (intergeracionalidade) é estabelecida inicialmente pela família, através de apoio emocional, dos pais para com os filhos, dos netos com os avós.

As crianças são desprovidas de julgamento, por isso é mais fácil estabelecer vínculos afetivos de respeito e solidariedade na infância.

Ou seja: quanto mais salutar for a convivência entre diferentes gerações, maior a possibilidade de interação ao longo da vida.

Somos feitos de amor, durante nossa jornada, muitas vezes esta essência fica esquecida e nem sempre nos permitimos doar o que, na verdade, mais recebemos. Espero que este documentário, toque seu coração do mesmo modo que tocou o meu e quem sabe amortecemos a solidão de muitos que enfrentam o grande desafio de envelhecer.

Silvana Coelho / Consultora 60+