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Petrópolis,15/05/2025

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Agricultores que conservaram a floresta começam a receber R$ 2,2 milhões do Projeto Floresta+ Amazônia

Primeiro lote de pagamentos por serviços ambientais beneficia 217 agricultores e agricultoras que, juntos, conservam quase 12 mil hectares de vegetação nativa


Agricultores que conservaram a floresta começam a receber R$ 2,2 milhões do Projeto Floresta+ Amazônia Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O Governo Federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), iniciou, nesta semana, o pagamento dos incentivos financeiros a 217 agricultores e agricultoras. Eles se inscreveram na chamada pública de pagamentos por serviços ambientais (PSA) do Projeto Floresta+ Amazônia por conservarem a floresta em seus imóveis rurais. A iniciativa repassa, no primeiro lote, o montante de R$ 2,2 milhões.

O Projeto Floresta+ Amazônia é uma iniciativa piloto implementada em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e financiado pelo Fundo Verde para o Clima (GCF), com recursos oriundos de resultados obtidos pelo Brasil na Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa decorrentes do Desmatamento e da Degradação florestal (REDD+).

Os beneficiados são agricultores e agricultoras familiares que detêm área de até quatro módulos fiscais e foram elegíveis para receber a primeira parcela do pagamento como provedores de serviços ambientais. Os valores variam entre R$ 1,5 mil e R$ 28 mil, dependendo do tamanho, localização do imóvel rural e da área de vegetação nativa preservada. São quase 12 mil hectares de floresta conservada.

Este primeiro lote de pagamentos é destinado a provedores de serviços ambientais que estavam inscritos até janeiro de 2025. Novos lotes de pagamentos estão previstos para os próximos meses considerando novas adesões, que podem ser feitas em fluxo contínuo até dezembro deste ano, por meio do site do projeto ou durante os mutirões presenciais.

Com esse primeiro lote de pagamentos, o Floresta+ avança em um dos seus principais objetivos: apoiar agricultores e agricultoras familiares, proprietários e proprietárias ou possuidores e possuidoras de pequenos imóveis rurais na Amazônia Legal. Por meio de incentivos econômicos, eles são incentivados a se engajarem em frentes estratégicas de conservação da floresta, mantendo o que se chama de remanescentes de vegetação nativa. Por esse motivo, os beneficiários do projeto são chamados de “provedores de serviços ambientais”.

O recurso beneficia agricultores como a jovem Rayana Xavier Pantoja, de 24 anos, e seu pai Raimundo Pantoja, de Oeiras, na ilha do Marajó (PA). Rayana diz que o PSA mudou a vida da família. “O projeto ajudou bastante. A gente não esperava. Foi um motivo para não desistir de produzir e conservar”, conta Rayana. A família possui propriedade em ilhas no arquipélago, onde cultiva açaí, macaxeira, frutas e óleos, como andiroba.

Com o primeiro recurso do PSA, ano passado, arrumaram as estruturas para fazer farinha, melhorar a extração de açaí, criar animais, além de outras melhorias. “Receber esse recurso é muito gratificante. Vale muito a pena”, disse Rayana. “A gente vem lutando há muitos anos para manter a floresta em pé porque tem muita riqueza, muita caça, e abraçamos essa causa. Com esse dinheiro, não precisamos mais atacar a natureza”, conta Raimundo, reforçando que, com o novo pagamento, fará outra limpeza geral na área e melhoramentos para estruturar um criadouro de peixes.


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