Ceará lidera ranking de inovação no Nordeste e fica em 7º lugar no Brasil
No cenário nacional, o estado aparece em 7º lugar

O Ceará alcançou a primeira posição no Índice de Inovação dos Estados 2025 na região Nordeste, segundo estudo elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). No cenário nacional, o estado aparece em 7º lugar. Na sequência, entre os estados nordestinos mais bem colocados estão Pernambuco, na 12ª posição, Bahia em 13º, Rio Grande do Norte em 14º e Paraíba em 16º. Já o Maranhão aparece na última colocação do ranking, em 27º lugar.
O levantamento evidencia a disparidade econômica entre as regiões do país. Todos os seis primeiros colocados no índice estão localizados no Sudeste e no Sul, com destaque para São Paulo, que lidera o ranking, seguido por Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Essa ordem se repete pelo terceiro ano consecutivo, o que demonstra estabilidade no topo da lista. Na outra ponta, os últimos colocados também refletem desigualdades históricas: além do Maranhão, aparecem Roraima, Amapá, Acre e Tocantins.
O Índice de Inovação dos Estados avalia a capacidade de inovação das 27 unidades da federação a partir de duas dimensões: Capacidades, que inclui fatores como capital humano, infraestrutura, investimentos em ciência e tecnologia e instituições; e Resultados, que considera produção científica, propriedade intelectual, empreendedorismo e intensidade tecnológica. Ao todo, são 12 indicadores utilizados para medir a performance de cada estado.
No caso do Ceará, o bom desempenho foi impulsionado principalmente pela formação de recursos humanos e pelo investimento e financiamento público em ciência e tecnologia, no qual o estado alcançou a 6ª posição nacional. Nos indicadores de capital humano, o Ceará ficou em 10º lugar em trabalhadores com graduação, 9º em pós-graduação e 11º na inserção de mestres e doutores. Já em infraestrutura, aparece em 17º lugar e, no quesito instituições, em 13º.
Outros estados do Nordeste também tiveram destaques pontuais. Pernambuco, segundo colocado na região, apresentou bom desempenho na qualificação da mão de obra, alcançando o 8º lugar nacional tanto em trabalhadores com pós-graduação quanto na inserção de mestres e doutores. A Bahia, terceira colocada no Nordeste, mostrou bons resultados na formação de recursos humanos, mas foi prejudicada por baixas posições em infraestrutura e competitividade global. O Rio Grande do Norte, que ocupa a quarta posição na região, também teve destaque em recursos humanos, mas mostrou fragilidade no quesito institucional. Já a Paraíba, em quinto lugar entre os estados nordestinos, apresentou uma performance equilibrada, embora abaixo da média em infraestrutura e instituições.
O estudo será lançado oficialmente nesta terça-feira (19), às 15h, em Brasília. O objetivo é orientar políticas públicas e iniciativas voltadas ao fortalecimento da inovação, da competitividade industrial e do desenvolvimento tecnológico no Brasil.
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