A intergeracionalidade no mercado de trabalho

Somos um país com mais de 33 milhões de pessoas idosas, apesar das estatísticas, estamos longe de propiciar um tratamento digno para os longevos, que por direito, merecem. 

Minha esperança ressurgiu diante da notícia sobre o guia prático que a ONU lançou recentemente: Conectando Gerações, planejando e implementando intervenções para contato intergeracional. 

Há de se ter como objetivo o combate ao etarismo ou se preferir, idadismo. Para quem não sabe, é o ato de discriminação às idades, sendo um tipo de preconceito que pode assumir muitas formas, desde atitudes individuais até políticas e práticas organizacionais que perpetuam a discriminação etária. O termo etarismo (ageism) foi utilizado pela primeira vez pelo gerontologista Robert N. butler, nos Estados Unidos, para descrever a discriminação contra adultos mais velhos.

Enfrentar a discriminação etária exige uma nova compreensão do envelhecimento por todas as gerações sobre essa fase da vida. Precisamos eliminar os conceitos desatualizados de pessoas mais velhas como fardos e reconhecer a diversidade da experiência da velhice e as desigualdades do preconceito etário.

Para combater o etarismo é necessário se policiar, assim como, todas as formas de preconceito. Ter o olhar empático e compreender cada um, independentemente da idade, todos são capazes de aprender, produzir e evoluir. Cabe ao Poder Público, privado e sociedade civil, promover práticas de combate ao idadismo, a começar dentro das nossas casas. Lembre-se: só envelhece quem tem sorte!

Silvana Coelho / Consultora 60+.