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Petrópolis,15/07/2025

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Pesquisadores da Fiocruz desenvolvem estratégia promissora para conter o câncer de mama e evitar metástases

O estudo, ainda em fase experimental, foi realizado em camundongos fêmeas


Pesquisadores da Fiocruz desenvolvem estratégia promissora para conter o câncer de mama e evitar metástases Foto: Fiocruz

Uma nova pesquisa conduzida por cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Minas Gerais, abre caminho para um avanço importante no combate ao câncer de mama. Por meio do uso de nanopartículas de óxido de ferro, os pesquisadores conseguiram frear a progressão da doença e impedir que o tumor se espalhe para outros órgãos — um desafio central no tratamento desse tipo de câncer.

O estudo, ainda em fase experimental, foi realizado em camundongos fêmeas diagnosticados com câncer de mama. Os animais foram divididos em dois grupos, sendo que apenas um deles recebeu o tratamento com as nanopartículas. Os resultados, publicados na revista Cancer Nanotechnology, surpreenderam os cientistas: os camundongos tratados apresentaram uma significativa redução nas células tumorais e um aumento expressivo nas células de defesa conhecidas como natural killers (NKs), responsáveis por destruir células cancerígenas.

Outro dado relevante foi a diminuição da presença de neutrófilos, células que, em certos contextos, podem contribuir para o avanço do câncer. Isso indica que as nanopartículas não apenas fortalecem a resposta imunológica, mas também reduzem fatores que favorecem o crescimento tumoral.

Menor risco de metástase

Entre os pontos mais animadores do estudo está a redução da molécula MCP-1, associada ao surgimento de metástases em pacientes com câncer de mama. A equipe analisou os pulmões e fígado dos camundongos — órgãos frequentemente afetados pela disseminação da doença — e constatou uma queda expressiva nos focos tumorais nos pulmões dos animais tratados. No fígado, porém, os resultados ainda não mostraram mudanças significativas, o que será explorado em pesquisas futuras.

Apesar de ainda estar em fase pré-clínica, a descoberta representa um passo promissor no desenvolvimento de terapias menos agressivas e mais eficazes, especialmente para pacientes que não respondem bem à quimioterapia convencional.

Continuidade das pesquisas

Essa não é a primeira vez que o grupo da Fiocruz trabalha com nanopartículas de óxido de ferro. Em 2023, os mesmos pesquisadores já haviam identificado que a substância era capaz de reduzir em até 50% o volume dos tumores ao reprogramar células do sistema imunológico. Na ocasião, as nanopartículas transformaram macrófagos do tipo M2 — que ajudam o tumor a se desenvolver — em macrófagos M1, que atuam na destruição das células cancerosas.

Com os novos dados, os cientistas agora compreendem melhor o mecanismo por trás dessa transformação e os efeitos positivos sobre o sistema imunológico, que passa a agir de forma mais eficiente contra a doença.

A expectativa é que, futuramente, essa abordagem possa ser adaptada para uso em humanos, oferecendo uma alternativa menos tóxica e mais precisa no tratamento do câncer de mama — um dos mais incidentes entre as mulheres em todo o mundo.




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