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Petrópolis,23/08/2025

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Violência digital choca adolescentes em experimento social com comentários reais da internet

Vídeo expõe comentários reais, feitos na internet, e adolescentes se assustam com a violência digital


Violência digital choca adolescentes em experimento social com comentários reais da internet Foto: Divulgação

Um experimento social realizado no Colégio Adventista de Petrópolis, no Rio de Janeiro, expôs a reação de adolescentes ao ler comentários ofensivos publicados nas redes sociais. A ação faz parte da campanha Quebrando o Silêncio, promovida anualmente pela Igreja Adventista do Sétimo Dia para combater diferentes formas de abuso e violência.

Na atividade, jovens de 15 a 17 anos receberam balões que continham frases reais retiradas da internet. Ao estourá-los, se depararam com mensagens como, “se morrer, ninguém vai sentir sua falta”. Espanto, indignação e até lágrimas marcaram o momento. Uma das alunas, emocionada, revelou já ter recebido o mesmo comentário na vida real. “Temos que tomar cuidado com nossas falas. Nunca sabemos o que o outro está enfrentando e o peso que uma frase pode ter”, alertou.


Foto: Divulgação

Outros alunos também demonstraram consciência sobre a gravidade das palavras. A estudante Emanuelle Kristian Bueno Carvalho destacou. “A gente não sabe o que as pessoas passam no particular, então falar isso para alguém sem pensar nas consequências que pode causar é desumano”. Ela acrescentou, “Não gosto nem de pensar ou falar sobre, até porque também não tenho o costume de falar palavrão”, refletindo sobre o comentário que leu na dinâmica.

Já Miguel Nolasco Gimenes, ao ler a frase “Gordão tá se achando”, admitiu que no passado poderia ter dito algo semelhante, mas que hoje pensa diferente. “Eu não falaria isso, apesar de que em uma época da minha vida que eu falaria. Hoje em dia não, por respeito, porque eu aprendi que não se pode falar, é errado”.


Foto: Divulgação

De fake news ao ciberbullying, a violência digital é uma ameaça crescente a crianças, adolescentes e adultos. Comentários ofensivos, ameaças e conteúdos impróprios podem causar danos psicológicos profundos e silenciosos. Segundo a psicóloga clínica Andrea de Lima Almeida Rojas, especialista em psicanálise, “a adolescência é um período de intensa formação de identidade e autoestima. Mensagens ofensivas recebidas nas redes sociais podem desencadear inseguranças, tristeza profunda, chegando a uma depressão ou ansiedade”.

Dados recentes reforçam a gravidade do problema. Três em cada 10 crianças e adolescentes já foram ofendidos na internet, segundo a pesquisa TIC Kids Online Brasil 2023. Outra pesquisa da Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos revelou que os crimes de ódio na internet chegaram a mais de 74 mil casos em 2022. E entre 21,6% e 34,1% dos jovens de 13 a 18 anos relataram ideia suicida associada ao cyberbullying, de acordo com a Fiocruz-SP.

A campanha Quebrando o Silêncio é realizada simultaneamente em oito países da América do Sul – Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai. Neste ano, o foco está nos riscos do mundo virtual e nas formas de proteção contra a violência digital. Embora o Dia D ocorra no quarto sábado de agosto, dia 23, diversas ações de conscientização são promovidas ao longo do ano em escolas, ruas e instituições.

Assista ao experimento social no vídeo abaixo (Instagram ou YouTube) 


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