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Petrópolis,17/05/2024

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Brasil: sete vezes mais adeptos do jogo do que investidores

A atração pelo dinheiro fácil emergiu como o principal motivador por trás dessa diferença marcante


Brasil: sete vezes mais adeptos do jogo do que investidores Foto: Divulgação/Freepik
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No último ano, o Brasil testemunhou uma disparidade significativa entre aqueles que se aventuraram em apostas online e cassinos virtuais e os que optaram por investir na bolsa de valores. Enquanto apenas 2% da população brasileira se aventurou no mercado de ações, um impressionante contingente de 14% mergulhou no mundo das apostas, totalizando 22 milhões de pessoas segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

A atração pelo dinheiro fácil emergiu como o principal motivador por trás dessa diferença marcante. Surpreendentemente, 40% dos jogadores apontaram a ilusão de riquezas rápidas e esforço mínimo como o ímã que os levou a apostar.

Entretanto, apenas uma parcela ínfima da população, representando 14%, enxerga essas apostas como investimentos legítimos. Em contrapartida, as ações na bolsa são frequentemente percebidas como algo mais complexo e burocrático, relegando-as a um plano secundário em comparação à diversão imediata oferecida pelas apostas.

Essa discrepância de números levanta uma reflexão intrigante: se todos os brasileiros que se aventuram em apostas online redirecionassem seus recursos para o mercado de ações, o Brasil emergiria como um dos cinco principais países em termos de percentual da população investindo em ações. Atualmente, os Estados Unidos lideram esse ranking, com impressionantes 58% das famílias envolvidas no mercado financeiro.

Entre 2020 e 2022, o Brasil testemunhou um crescimento vertiginoso de 360% no número de empresas de apostas, um fenômeno que tem ecoado em toda a sociedade. No ano passado, essas empresas registraram um faturamento exorbitante, ultrapassando a marca de R$ 50 bilhões, superando em R$ 4 bilhões o valor total das exportações de carne bovina do país.

O perfil dos usuários desse mercado em ascensão revela uma tendência marcante: homens, indivíduos pertencentes às classes socioeconômicas mais elevadas e jovens da geração Z emergem como os principais consumidores das apostas no Brasil.

Paralelamente, dados preocupantes destacam que 17% dos beneficiários do Bolsa Família direcionam parte de seus recursos para atividades de apostas. Essa realidade lança luz sobre uma questão social complexa, evidenciando como uma parcela vulnerável da população está envolvida nesse mercado, potencialmente impactando seu sustento e bem-estar financeiro.

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